E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.
Este é um tema complexo que está bem em voga agora em época de eleições. O principal argumento pró aborto seria o de que a mulher tem direito a fazer o que bem entende com seu corpo. Não vou entrar aqui em questionamentos cientificos, no entanto é necessário um pouco de reflexão antes de ser definitivo sobre o assunto.
Vamos primeiro exercitar um pouco a imaginação: Imagine que existe uma lei que permita ao casal optar pelo aborto ou não. Imagine também que exista um casal com opiniões diversas a respeito de uma gravidez ocorrida em uma noite em que esqueceram de usar preservativos. A mulher tem a prerrogativa de continuar com a gravidez, mas esta lei ficticia permite que o homem protocole sua intenção pró aborto e se livre de toda a responsabilidade com a criança. Não precisaria pagar pensão, não precisaria visitar, uma vez que no seu direito optou pelo aborto. Você acharia esta lei justa? Se você achou uma lei injusta pense no porquê.
A questão primordial aqui é a responsabilidade. Ambos são responsáveis por esta gravidez. Optaram por fazer sexo sem preservativo e a meu ver precisam responder pelas consequências de seus atos. No momento em que um embrião é fecundado existe uma serie de futuros possíveis para esta criança que ainda não nasceu. Impedir que ela venha ao mundo é talvez um dos maiores atos de crueldade que possa existir. Poucos em sã consciencia seriam capazes de matar um bebê recém nascido, no entanto se tem como norma considerar o feto ainda não nascido como um não ser. Estudos mostram que o bebê é fortemente influenciado pelo contexto mesmo quando ainda no útero, então é totalmente questionável o conceito de não existência desse bebê. Em casos de estupro ou crianças com mal formação grave podemos questionar caso a caso, mas é inadimíssivel que em um mundo com diversos métodos de contracepção o aborto se torne apenas mais uma forma de evitar gravidez.
Precisamos definir claramente os limites entre ter poder sobre seu próprio corpo e a responsabilidade por uma vida alheia a sua e que espera ansiosamente a oportunidade de nascer. Como pai não devo fugir da responsabilidade de educar e criar minha filha. Escolhi o vocábulo dever, pois posso fugir dessa responsabilidade e muitos têm realmente abandonado criaçans indefesas, na maioria das vezes com a mãe que como guerreira luta para dar a melhor educação para sua criança. Precisamos ser uma sociedade que exije seus direitos, mas cumpre fielmente suas responsabilidades. Abortar não deve ser um direito. Métodos de contracepção sim. Não podemos incentivar ainda mais a irresponsabilidade que assola nossa sociedade.
Em Cristo
Pr Silvio Barbosa
P.S.: Talvez você que tenha chego até aqui tenha feito um aborto já. Talvez se questione se fez certo ou não. Talvez se martirize até hoje por não permitir o nascimento dessa criança. Deus é pródigo em perdoar. Jesus por onde andava derramava graça. Não vou julgar seus atos, não vou condenar qualquer tipo de atitude tomada. Sei que muitas vezes decidimos no impulso ou por pressão. Quero no entanto, dizer que Deus tem perdão pra você e quer te dar novas oportunidade. Lançar tudo isso para trás e te dar uma vida nova. nenhum pecado cometido pode te afastar do amor infinito de Deus.
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