segunda-feira, 4 de março de 2013

Adoração Genuína

Mt 14:33 "Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus."

Quando estudamos a respeito de adoração, logo chega aos nossos ouvidos um conceito bastante difundido: louvamos a Deus pelo que ele faz e o adoramos pelo que ele é. Esta frase é bonita e impactante, no entanto carece de respaldo nas escrituras. No contexto do versículo tema, Jesus demonstra seu poder e sua soberania sobre águas e tempestade. É um ato de poder, que culmina com um ato de adoração por parte de seus discípulos. Ap 4:10,11 liga a adoração aos atos da criação de Deus. Muitos adoravam após os atos de poder de Jesus.

Na verdade a diferença entre louvor e adoração reside muito mais no homem do que em Deus. Louvar, biblicamente, significa dizer coisas elogiosas, ao passo que adoração está ligada a ideia de rendição, entrega completa. Um adorador do rei é aquele que se submete a autoridade do soberano, por isso se prostra em reverência. É um nível superior, mas em nada deve a diferença entre essência e atos de Deus.

Deus somente é conhecido através de seus atos. Jesus é chamado de a "imagem do Deus invisível". Em muitos momentos exortou seus discípulos a crerem por causa de suas obras. Quando João Batista teve dúvidas acerca de sua identidade, respondeu com atos de poder. Seu ministério público teve como parte importantíssima a operação de maravilhas. na controvérsia com os fariseus, apontou para suas obras como legitimadoras, Sua ressurreição inaugura um novo nível de soberania. Todos os atributos de Deus que conhecemos tem em sua gênese um ato de Deus: é amor porque ama, ou melhor, "amou o mundo de tal maneira", é provedor, é galardoador, cura, justifica, santifica. Tudo está em íntima relação com suas obras.

Parece difícil compreender que não há distinção entre a essência de Deus e seus atos. O caráter de Deus tem sua expressão máxima em suas ações. "no princípio era o verbo", "através de sua palavra tudo foi criado." Humanamente cremos na distinção entre o que somos e o que fazemos, mas Jesus em debate com os fariseus os chama de filhos do diabo por agirem de acordo com o pai da mentira. Na verdade, nosso atos evidenciam quem somos. Podemos tentar esconder, mas cedo ou tarde, nossos frutos nos denunciam. Jesus declara que a maldade ou a bondade emanam do coração, portanto não adianta apenas limpar o exterior do copo.

Adoremos a Deus, prostrados, reverente, baseados em suas grandes obras, em seus atos de amor, em suas manifestações de justiça. Hoje conhecemos a Deus por espelho, uma figura pálida mas verdadeira. Um dia conheceremos plenamente e nosso amor será perfeito. Hoje resta apenas uma marca de imperfeição e um desejo de conhecer cada dia mais nosso rei criador. Adore com todas as suas forças, pois ele é totalmente digno.

Em Cristo

Silvio Barbosa


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